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Presidência
da República |
DECRETO Nº 6.268, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2007.
| Revogado pelo Decreto nº 12.709, de 2025 |
Regulamenta a Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000, que institui a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, e dá outras providências. |
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 9.972, de
25 de maio de 2000.
DECRETA:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Este Decreto estabelece as normas regulamentadoras sobre a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, em cumprimento ao disposto na Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000.
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, considera-se:
I - amostra: porção representativa de um lote ou volume do qual foi retirada;
II - amostra de classificação: é a coletada para fins de determinar as características intrínsecas e extrínsecas do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, objetivando a emissão do documento de classificação;
III - amostra de fiscalização: é a coletada para fins de aferição da qualidade dos serviços prestados e da conformidade da classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
IV - amostragem: processo de retirada de amostra de um lote ou volume;
V - apreensão: é o recolhimento definitivo do produto, subproduto e resíduo de valor econômico, embalagem, envoltório ou contentor;
VI - Cadastro Geral de Classificação (CGC): procedimento administrativo para registro, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, das pessoas físicas ou jurídicas processadoras, beneficiadoras, industrializadoras e embaladoras de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico padronizados sujeitos à classificação e das pessoas físicas ou jurídicas autorizadas a executar a classificação desses produtos;
VII - classificação de fiscalização: procedimento de aferição da identidade e da qualidade dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, padronizados, compreendendo as etapas de coleta de amostras, análise, emissão de laudo, comunicação do resultado ao interessado, garantia do direito de contestação mediante perícia e a ratificação ou retificação do resultado;
VII
- classificação de fiscalização: procedimento realizado pela autoridade
fiscalizadora para aferição da conformidade dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
VIII - classificador: pessoa física, devidamente habilitada e registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, responsável pela classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
IX - controle: fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas físicas ou jurídicas envolvidas nas atividades de classificação;
X - credenciamento: procedimento administrativo que objetiva conceder autorização para que as pessoas jurídicas executem a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
XI - certificado de classificação de produto importado: documento devidamente instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que atesta a conformidade do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico aos padrões estabelecidos por legislação federal brasileira;
XII - documento de classificação: certificado, planilha, romaneio ou outro documento, devidamente reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que comprova a realização da classificação vegetal;
XIII - embalador: pessoa física ou jurídica, que, por conta própria ou como intermediária, acondiciona produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
XIV - empresa ou entidade especializada na atividade de classificação: é aquela que dispõe de estrutura física, de instalações, equipamentos e de profissionais habilitados para execução de tais serviços;
XV - entidade credenciada: pessoa jurídica registrada no Cadastro Geral de Classificação e autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a executar a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
XVI - identidade: conjunto de parâmetros ou características que permitem identificar ou caracterizar um produto vegetal seus subprodutos e resíduos de valor econômico quanto aos aspectos botânicos, de aparência, natureza, tipo de processamento ou benefício e modo de apresentação;
XVII - lote: quantidade de produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico com especificações de identidade, qualidade e apresentação perfeitamente definidas;
XVIII - mercadoria fiscalizada: é o quantitativo de produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico constante na nota fiscal ou outro documento de comercialização, ou, na ausência destes, a quantidade total do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico existente no local fiscalizado, devidamente registrada nos documentos de fiscalização;
XIX - padrão oficial de classificação: conjunto de especificações de identidade e qualidade de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
XX - padronização: ato de definir as especificações de identidade e qualidade de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, necessárias para a elaboração do padrão oficial de classificação;
XXI - profissional habilitado: pessoa física devidamente capacitada em curso de classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, homologado e supervisionado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
XXII - posto de serviço: unidade física, devidamente equipada, estruturada e credenciada para a prestação dos serviços de classificação vegetal;
XXIII - processador: pessoa física ou jurídica que transforma produto vegetal de forma artesanal ou industrial em subprodutos ou resíduos de valor econômico;
XXIV - produto hortícola: produto oriundo da olericultura, da fruticultura, da silvicultura, da floricultura e da jardinocultura;
XXV - qualidade: conjunto de parâmetros ou características extrínsecas ou intrínsecas de um produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, que permitam determinar as suas especificações qualiquantitativas, mediante aspectos relativos à tolerância de defeitos, medida ou teor de fatores essenciais de composição, características sensoriais e fatores higiênico-sanitários e tecnológicos;
XXVI - resíduo de valor econômico: é o remanescente da utilização de produtos vegetais ou subprodutos e que possuem características de aproveitamento econômico;
XXVII - subproduto: é o que resulta do processamento, da industrialização ou do beneficiamento econômico de um produto vegetal;
XXVIII - supervisão técnica: ato fiscalizador que objetiva verificar as condições físicas e operacionais dos envolvidos no processo de classificação, a qualidade dos serviços prestados por classificadores e pelas entidades credenciadas, bem como a identidade, qualidade, conformidade e idoneidade de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico; e
XXVIII - supervisão técnica: ato fiscalizador que objetiva verificar as
condições físicas e operacionais dos envolvidos no processo de classificação, a
qualidade dos serviços prestados por classificadores e pelas entidades
credenciadas, bem como a identidade, qualidade, conformidade e idoneidade de
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XXIX - valor comercial do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico fiscalizados: é o valor constante na nota fiscal ou outro documento de comercialização, ou, na ausência destes, o valor constante na etiqueta, códigos de barras, anúncios do produto ou mercadoria fiscalizada, ou outro valor de produto de qualidade similar, devidamente registrado nos documentos de fiscalização.
XXIX - valor comercial do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico fiscalizados: é o valor constante na nota fiscal ou outro documento de
comercialização, ou, na ausência destes, o valor constante na etiqueta, nos
códigos de barras, nos anúncios do produto ou na mercadoria fiscalizada, ou
outro valor de produto de qualidade similar, devidamente registrado nos
documentos de fiscalização;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XXX
- certificação sanitária para exportação: procedimento pelo qual o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento certifica que o produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico ou os seus sistemas de controle estão
de acordo com os requisitos sanitários específicos do País ou países
importadores;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XXXI - detentor: pessoa física ou jurídica que, no ato da fiscalização, tem a
posse ou a propriedade do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XXXII - envolvido no processo de classificação de produtos vegetais: o ente,
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que, por conta própria
ou como intermediária, de forma direta ou indireta, atua nos processos de
acondicionamento, armazenamento, beneficiamento, certificação, classificação,
comercialização, consolidação, distribuição, doação, exportação, importação,
industrialização, manipulação, preparação, processamento, produção, seleção,
supervisão, transformação, transporte e controle da qualidade de produtos
vegetais e os órgãos ou entidades do poder público que coordenam ou são
responsáveis pelo processo de compra, venda e doação de produtos;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XXXIII - produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico: o
vegetal íntegro ou qualquer de suas partes, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, que se apresenta em seu estado natural ou o vegetal processado e os
produtos de interesse agropecuário e passiveis de exploração econômica relativos
aos quais existam regulamentos específicos estabelecidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XXXIV - rastreabilidade: conjunto de procedimentos que permitam detectar a
origem e acompanhar a movimentação de um produto vegetal ao longo da cadeia
produtiva, por meio de elementos informativos e documentais registrados e
auditáveis; e
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XXXV - recolhimento: ação realizada pela empresa responsável e demais
estabelecimentos da cadeia produtiva, de forma voluntária ou por determinação do
órgão fiscalizador, que visa à imediata e eficaz retirada do mercado do produto
vegetal.
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
CAPÍTULO II
DA CLASSIFICAÇÃO
Art. 2o São passíveis de classificação, na forma do art. 1o da Lei no 9.972, de 2000, os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico que possuam padrão oficial de classificação estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 2º São passíveis de classificação os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico que possuam padrão oficial de classificação estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 3o Os produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico, na forma do
art. 1o
da Lei 9.972, de 2000, já embalados e rotulados com as especificações
qualitativas, destinados diretamente à alimentação humana, comercializados,
armazenados ou em trânsito, devem estar devidamente classificados.
Art. 4o Consideram-se como produtos
vegetais, seus subprodutos ou resíduos de valor econômico destinados diretamente
à alimentação humana aqueles que estejam em condições de serem oferecidos ao
consumidor final.
Parágrafo único. Somente poderá ser destinado à alimentação humana o produto vegetal, seu subproduto e resíduo de valor econômico que: (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
I - não represente risco à saúde pública; (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
II - não esteja desclassificado; (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
III - não tenha sido adulterado, fraudado ou falsificado; (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
IV - tenha assegurada a sua rastreabilidade; e (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
V - atenda às especificações aplicáveis estabelecidas neste Decreto ou em normas complementares. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 5o A classificação obrigatória
para os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico deverá
cumprir o estabelecido nos padrões oficiais de classificação.
Art. 6o A informação das
características dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico que não possuam padrão oficial de classificação estabelecido pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento será de responsabilidade do
seu fornecedor.
Parágrafo único. Os embaladores e demais detentores dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico previstos no caput são responsáveis por fazer constar nos rótulos, embalagens e documentos que acompanham estes produtos as características de identidade e qualidade dos mesmos, observando orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e demais exigências legais.
Art. 7o Nas operações de compra,
venda ou doações pelo Poder Público de produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico, caberá ao órgão ou instituição que coordena o
processo competente adquirir, comercializar ou doar produtos devidamente
classificados e acompanhados dos correspondentes documentos comprobatórios da
classificação.
§ 1o No caso das compras efetuadas pelo Poder Público, a classificação poderá ser realizada diretamente pelo agente público da Administração contratante, cuja designação deverá recair preferencialmente sobre servidor que tenha sido habilitado segundo o disposto no art. 13. (Incluído pelo Decreto nº 8.446, de 2015)
§ 2o A classificação efetuada de
acordo com o § 1o terá caráter simplificado e será
realizada pela verificação da conformidade e da qualidade do material em
face das especificações contratuais, nos termos do
inciso II do caput
do art. 73 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. (Incluído
pelo Decreto nº 8.446, de 2015)
§ 3o Ficam dispensadas da
classificação obrigatória as compras de pequenas quantidades de produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico realizadas pelo
Poder Público, com dispensa de processo licitatório, de pequenos e médios
produtores rurais, como as operações a que se referem o
art. 17 da Lei no
12.512, de 14 de outubro de 2011, e o
§ 1o do art. 14 da
Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.446, de 2015)
§ 4o Ato conjunto dos Ministros
de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Planejamento,
Orçamento e Gestão estabelecerá limites e parâmetros indicativos das compras
de pequenas quantidades a que se refere o § 3o.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.446, de 2015)
Art. 8o A classificação dos
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, importados,
será executada diretamente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, podendo utilizar, além de sua própria estrutura, entidades
credenciadas para o apoio operacional e laboratorial.
§ 1o A classificação nos portos,
aeroportos, terminais alfandegários e demais postos de fronteira e estações
aduaneiras tem como objetivo aferir a conformidade dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico importados com os padrões oficiais de
classificação estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
§ 1º A classificação nos portos, aeroportos, terminais alfandegários e demais postos de fronteira e estações aduaneiras, como exercício regular de poder de polícia, tem como objetivo aferir a conformidade dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico importados com os padrões oficiais de classificação ou requisitos mínimos de identidade e qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e poderá ser implementada com base em análise de risco. (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 2o Poderão ser dispensadas da classificação obrigatória, observadas orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as pequenas quantidades de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.
§ 3o A emissão e a assinatura do
certificado de classificação de produtos importados serão realizadas pela
autoridade fiscalizadora do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
habilitada tecnicamente como classificador.
§
3º Os procedimentos de deferimento no processo de importação serão realizados
pela autoridade fiscalizadora do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento conforme o disposto em regulamento.
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 4o A entidade que prestar o apoio
operacional ou laboratorial responde solidariamente pela prestação do serviço de
classificação.
§
4º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá solicitar a
qualquer tempo a classificação ou análise laboratorial, a ser realizada por
credenciada, às expensas do interessado.
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 9o Fica sujeito à nova
classificação o produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
que por qualquer motivo perder a característica de apresentação ou rotulagem
original, alterar as especificações de identidade e qualidade que constavam no
documento de classificação original ou for misturado ou mesclado para formação,
aumento ou composição de novo lote.
Art. 10. A classificação será documentada de forma a
comprovar a sua realização, por meio de certificado, de planilha, de romaneio ou
outro documento, que venha a atender às necessidades de comprovação eficaz do
ato.
Parágrafo único. Os requisitos e os critérios para utilização do documento de classificação, bem como as informações mínimas obrigatórias que devem nele constar, serão definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 11. O embalador ou
responsável pela garantia das indicações qualitativas do produto vegetal,
subproduto ou resíduo de valor econômico deverá manter em arquivo e à disposição
das autoridades fiscalizadoras os documentos comprobatórios da classificação,
por um período mínimo de cinco anos.
§ 1o O número do documento de classificação, as especificações qualitativas do produto e a identificação do lote devem constar nos documentos fiscais emitidos pelas pessoas dispostas no caput deste artigo.
§ 2o Na impossibilidade de comprovação da classificação por meio dos documentos previstos no § 1o ou sendo desconhecida a procedência do produto, o detentor do produto vegetal, subproduto ou resíduo de valor econômico responderá isolada ou solidariamente.
Art. 12. Nos casos em que o interessado discordar do
resultado da classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico, desde que as características do produto permitam, poderá ser
realizada nova classificação por meio de arbitragem.
Parágrafo único. A metodologia, os critérios, procedimentos e prazos para execução da arbitragem prevista no caput deste artigo, inclusive dos produtos perecíveis, serão regulamentados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 13. Todo classificador deverá ser habilitado em
curso específico, devidamente homologado e supervisionado pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Parágrafo único. O classificador habilitado na forma deste artigo será responsável pela classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.
Art. 14. É obrigatória a
indicação do lote e do resultado da classificação dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico nos rótulos, embalagens ou marcações,
observando orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e
demais exigências legais.
Parágrafo único. A indicação constante do caput deste artigo deverá representar fielmente a identidade e a qualidade do produto, com base no disposto no documento de classificação.
CAPÍTULO III
DO PADRÃO OFICIAL DE CLASSIFICAÇÃO
Art. 15. O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento estabelecerá os critérios e procedimentos técnicos para
elaboração, aplicação, monitoramento e revisão dos padrões oficiais de
classificação.
§ 1o Os padrões oficiais de classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico serão definidos em regulamentos técnicos, podendo dispor de modelos-tipo ou padrões físicos quando couber, e ainda ser revistos a qualquer tempo.
§ 2o Na elaboração ou revisão dos padrões oficiais de classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, será facultada a participação consultiva dos segmentos interessados.
§ 3o Segundo a natureza, a perecibilidade e o sistema de comercialização dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá estabelecer regulamentos técnicos e normas específicas e simplificadas para fins de elaboração do padrão oficial de classificação, de sua padronização e de sua fiscalização.
Art. 16. O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento estabelecerá regulamentos técnicos para produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico, definindo o padrão oficial de
classificação, com os requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo
de apresentação e a marcação ou rotulagem, nos aspectos referentes à
classificação dos produtos.
Art. 17. O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento definirá, em regulamento técnico, os produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico e demais procedimentos referentes à
utilização de padrões físicos.
CAPÍTULO IV
DA AMOSTRA E DA AMOSTRAGEM
Art. 18. Nos produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico classificados por amostra, a classificação deverá
ser representativa do lote ou volume do qual se origina a amostra.
§ 1o As especificidades e o conceito referentes ao lote a que se refere o caput deste artigo serão definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§ 2o A metodologia, os critérios e os procedimentos necessários à amostragem, confecção, guarda, conservação, autenticação e identificação das amostras serão fixados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§ 3o Caberá ao proprietário, possuidor, detentor ou transportador arcar com a identificação e com a movimentação do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, independentemente da forma em que se encontrem, propiciando as condições necessárias à sua adequada amostragem.
§ 4o As amostras coletadas, que servirão de base à realização da classificação, deverão conter os dados necessários à identificação do interessado ou solicitante da classificação, do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.
Art. 19. Nas operações de compra e venda ou doação
pelo Poder Público, a amostragem e a confecção das amostras para a classificação
serão realizadas por entidade credenciada.
Art. 20. Quando da classificação de produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico importados, a
amostragem e a confecção das amostras, serão realizadas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou pela entidade credenciada que prestar
apoio operacional.
Art. 21. Na classificação de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico destinados diretamente à alimentação
humana, a amostragem e a confecção das amostras serão de responsabilidade da
entidade credenciada ou do interessado, devendo ser observados os mesmos
critérios e procedimentos de amostragem fixados pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
Parágrafo único. A responsabilidade de que trata o caput deste artigo será comprovada no documento de coleta emitido pela credenciada ou no documento de solicitação de serviços apresentado pelo interessado.
Art. 22. Os produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico embalados e classificados devem apresentar-se homogêneos quanto às suas
especificações de qualidade, apresentação e identificação.
Art. 23. Na classificação de fiscalização, a
amostragem dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico embalados será realizada observando-se
as suas especificidades.
§ 1o Nos produtos vegetais classificados por amostras será retirado volume ou número de pacotes ou embalagens em quantidade suficiente para compor, no mínimo, quatro vias de amostras, devidamente identificadas, lacradas e autenticadas.
§ 2o Nos produtos hortícolas será retirada quantidade suficiente para o trabalho de aferição de conformidade.
§ 3o Nos subprodutos e resíduos de valor econômico de produtos vegetais destinados diretamente à alimentação humana, oriundos de operações de compra e venda do Poder Público ou, quando da importação, encontrados nos portos, aeroportos e postos de fronteira será retirado volume, ou número de pacotes ou de embalagens, em quantidade suficiente para compor, no mínimo, quatro vias de amostra, devidamente identificadas, lacradas e autenticadas.
Art. 24. Na classificação de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico importados e na classificação de
fiscalização, o detentor da mercadoria fiscalizada, seu representante legal, seu
transportador ou seu armazenador deve propiciar as condições necessárias aos
trabalhos de amostragem e confecção das amostras exigidas.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput deste artigo caracteriza infração, por dificultar, causar embaraço ou promover resistência à ação fiscalizadora, sujeitando quem der causa às penas previstas neste Decreto.
CAPÍTULO V
DO CREDENCIAMENTO
Art. 25. O credenciamento definido na forma do inciso X do parágrafo único do art. 1o deve:
I - ser por empresa ou posto de serviço;
II - habilitar por produto vegetal, subproduto ou resíduo de valor econômico; e
III - gerar um número de registro no Cadastro Geral de Classificação que terá validade em todo o território nacional.
§ 1o O número de registro no Cadastro Geral de Classificação de um posto de serviço ligado a uma mesma entidade credenciada deverá indexar, além do número de registro de sua sede, dígitos que diferenciem e individualizem sua ação e responsabilidade.
§ 2o Todos os credenciados deverão dispor de estrutura física, de instalações, de equipamentos e de profissionais habilitados para execução dos serviços de classificação.
Art. 26. O Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento deverá:
I - divulgar a relação das entidades credenciadas a executar a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
II - editar normas simplificando o processo de credenciamento para produtos hortícolas e outros perecíveis em função das necessidades determinadas pelas especificidades desses produtos;
III - credenciar pessoas jurídicas que utilizam seu fluxo operacional para a execução da classificação, desde que as especificações finais do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico estejam em conformidade com o respectivo Padrão Oficial de Classificação;
IV - aprovar em que momento do fluxo operacional poderá ser exercida a classificação prevista no inciso III; e
V - definir os requisitos, os critérios, a estrutura e as instalações exigidas, os prazos e as demais condições para o credenciamento previsto neste Decreto.
Art. 27. Não serão permitidas a prestação dos
serviços de classificação vegetal e a emissão de documento de classificação por
pessoas jurídicas não-credenciadas ou pessoas físicas não-habilitadas no
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
CAPÍTULO VI
DO CADASTRO GERAL DE CLASSIFICAÇÃO
Art. 28. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito
público ou privado, envolvidas no processo de classificação, deverão estar
registradas no Cadastro Geral de Classificação.
Parágrafo único. Os requisitos, os prazos, os critérios e os demais procedimentos para o registro no Cadastro Geral de Classificação ou mesmo a sua isenção parcial ou total para cada segmento, pessoa física ou jurídica, referido no caput deste artigo serão estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
CAPÍTULO VII
DA FISCALIZAÇÃO
Seção I
Dos Objetivos
Art. 29. A fiscalização da
classificação consiste no conjunto de ações diretas, executadas pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o objetivo de aferir e controlar:
I - o registro, no Cadastro Geral de Classificação, das pessoas físicas e jurídicas envolvidas no processo de classificação;
II - a
execução dos serviços credenciados no que se refere a requisitos técnicos de
instalações, equipamentos, sistema de controle de processos e à qualidade dos
serviços e produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico,
bem como à expedição dos documentos de classificação;
III - a identidade e a qualidade dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico no mercado interno, e a dos importados, em conformidade com os padrões oficiais de classificação estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
IV - a identidade e a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, adstritas ao disposto no inciso IV do art. 27-A, da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, e em conformidade com os demais dispositivos legais pertinentes;
V - o prazo de validade e a conformidade dos padrões físicos;
VI - os quantitativos classificados em relação aos comercializados.
VI - os quantitativos classificados em relação aos comercializados;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
VII
- o recolhimento de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômicos; e
(Incluído Decreto
nº 11.130, de 2022)
VIII - a rastreabilidade de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico.
(Incluído Decreto
nº 11.130, de 2022)
§ 1o Constituem-se também em ações de fiscalização as supervisões técnicas necessárias à verificação de conformidade levadas a efeito nos estabelecimentos públicos ou privados, nos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, serviços e processos, abrangidos por este Decreto, que venham a optar por certificação voluntária.
§ 1º Constituem-se também em ações de fiscalização as supervisões técnicas necessárias à verificação de conformidade levadas a efeito nos estabelecimentos públicos ou privados, nos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, serviços e processos, previstos neste Decreto, que venham a optar por certificação voluntária ou requerer certificação sanitária para exportação. (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 2o As definições, os conceitos, os objetivos, os campos de aplicação, a forma de certificação e as condições gerais para a adoção das ações previstas no § 1o deste artigo serão fixadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 29-A. O recolhimento poderá ser aplicado de maneira antecedente ou incidente ao procedimento administrativo. (Incluído Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 1º Os estabelecimentos adotarão, sob suas expensas, as providências necessárias para o recolhimento de lotes de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico que representem risco à saúde pública ou que tenham sido adulterados, fraudados ou falsificados. (Incluído Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgará alerta de risco ao consumidor sobre as informações referentes ao recolhimento. (Incluído Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 30. A fiscalização nos portos,
aeroportos, demais postos de fronteira, constituídos também pelas estações
aduaneiras e terminais alfandegários, objetiva controlar a conformidade dos
documentos e produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico aos
requisitos estabelecidos pela legislação da classificação vegetal e por acordos
internacionais dos quais o Brasil é signatário.
Art. 31. As ações necessárias à
operacionalização do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem
Vegetal, no âmbito da classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico, serão implementadas pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, que deverá definir:
I - os critérios e procedimentos para adesão dos Municípios, Estados e Distrito Federal ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal;
II - as diretrizes e amplitude de ação dos Municípios, Estados e Distrito Federal, nas suas respectivas jurisdições, quando não aderirem ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal; e
III - os limites da atuação dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, no âmbito da classificação, sempre observados princípios que assegurem a identidade, a qualidade, a conformidade e a idoneidade dos produtos vegetais, seus subprodutos, derivados e resíduos de valor econômico, por meio das ações de supervisão técnica, fiscalização e classificação de produtos, sistemas ou cadeia produtiva, conforme o caso.
Seção II
Dos Documentos de Fiscalização
Art. 32. São documentos de fiscalização,
para efeito deste Decreto, os seguintes:
II - termo de fiscalização de entidade credenciada;
IV - auto de coleta de amostra;
V - termo de aplicação da medida cautelar de suspensão da comercialização;
VI - termo de aplicação da medida cautelar de suspensão do credenciamento;
VI
- termo de suspensão do credenciamento ou do registro;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
X - termo de execução de julgamento.
Art. 33. O termo de fiscalização é o
documento que formaliza o ato fiscalizador no estabelecimento, descrevendo
resumidamente as atividades desenvolvidas e os produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
fiscalizados, no âmbito da classificação.
Art. 34. O termo de fiscalização de
entidade credenciada é o documento que formaliza o ato fiscalizador no posto de
serviço, descrevendo resumidamente as atividades desenvolvidas.
Art. 35. O termo de intimação é o
instrumento hábil para estabelecer prazo com o objetivo de reparar
irregularidades, solicitar documentos ou informações e determinar a adoção de
providências.
Art. 36. O auto de coleta de amostras é o
documento hábil para início do trabalho da classificação de fiscalização de
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico, constando
informações sobre o produto, o detentor, o embalador e sobre a amostra.
Art. 37. O termo de aplicação da medida
cautelar de suspensão da comercialização é o documento que formaliza a
interrupção temporária da comercialização do produto
vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
fiscalizados.
Art. 38. O termo de aplicação da medida cautelar de suspensão do credenciamento é o documento que formaliza a interrupção temporária da prestação de serviços pela entidade credenciada ou da habilitação do classificador.
Art. 38. O termo de suspensão do credenciamento ou do registro é o documento
que formaliza a medida cautelar de interrupção temporária, total ou parcial:
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
I - da prestação de serviços pela entidade credenciada; (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
II - do registro do classificador; ou (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
III - do registro ou do funcionamento do estabelecimento. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 39. O auto de infração é o documento
hábil para a autoridade fiscalizadora autuar pessoa física ou jurídica, quando
constatada a violação de regras constantes neste Decreto
e demais atos normativos referentes à classificação
vegetal.
Art. 40. O termo aditivo é o documento
destinado a corrigir eventuais impropriedades na emissão dos documentos de
fiscalização ou, quando for o caso, incluir informações neles omitidas.
Art. 41. O termo de notificação é o
documento hábil para cientificar o infrator do julgamento proferido em qualquer
instância administrativa.
Art. 42. O termo de execução de
julgamento é o documento hábil para configurar os atos de execução das seguintes
decisões administrativas:
a) interdição de estabelecimento;
b) suspensão da comercialização de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
c) suspensão de credenciamento ou de habilitação; e
c)
suspensão de credenciamento ou de registro; e
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
d) cassação ou cancelamento de credenciamento.
d)
cassação ou cancelamento de credenciamento ou de registro; e
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
II - relacionadas à suspensão da
comercialização de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico e apreensão ou condenação das matérias-primas e produtos:
a) destruição ou desnaturação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
b) doação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
c) venda de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico; e
d) liberação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.
Seção III
Do Exercício da Fiscalização
Art. 43. A
fiscalização prevista neste Decreto será exercida no âmbito da competência do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por Fiscal Federal
Agropecuário, podendo ser auxiliado por servidores habilitados como
classificadores, devidamente credenciados e identificados funcionalmente.
Art. 44. Na execução das atividades
fiscalizadoras, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá
utilizar-se de apoio técnico, operacional e laboratorial das empresas ou
entidades credenciadas.
Seção IV
Dos Fiscalizados
Art. 45. Estão sujeitos à
fiscalização prevista neste Decreto:
I - as pessoas físicas e jurídicas de direito público e privado que, por conta própria ou como intermediárias, estejam envolvidas no processo de classificação;
II - os órgãos do Poder Público
responsáveis por operações de compra, venda ou doação de produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
III - o importador de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico; e
IV - o depositário nomeado para guarda de mercadoria fiscalizada.
§ 1o Os fiscalizados
relacionados neste artigo são obrigados a prestar informações, apresentar ou
entregar documentos nos prazos fixados, bem como não impedir a ação dos fiscais,
quando no exercício de suas funções e mediante identificação.
§
1º Os fiscalizados relacionados neste artigo são obrigados a disponibilizar
informações, apresentar ou entregar documentos nos prazos fixados, realizar o
recolhimento de lotes de produtos que representem risco à saúde pública ou aos
interesses do consumidor e permitir a ação dos fiscais identificados.
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 2o A fiscalização será realizada em estabelecimentos, propriedades rurais, depósitos, armazéns, ferrovias, rodovias, terminais rodoviários e ferroviários, aeroportos, portos, bordos de navios atracados ou não, trens e caminhões, alfândegas ou outros locais onde possam existir produtos vegetais, subprodutos, resíduos de valor econômico e documentos, sendo permitida a requisição de auxílio policial, quando necessário.
Seção V
Da Classificação de Fiscalização
Art. 46. A fiscalização e a aferição da
qualidade dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
padronizados serão realizadas mediante a classificação de fiscalização.
§ 1o Os resultados das
análises dos produtos, objetos de aferição de qualidade a que se refere o
caput deste artigo, serão formalizados por meio do laudo de classificação de
fiscalização, emitido pelo órgão fiscalizador ou por entidade habilitada para a
prestação de serviços de apoio operacional ou laboratorial.
§
1º Os resultados das análises dos produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico serão formalizados por meio de documento emitido
pelo órgão fiscalizador ou por entidade habilitada para a prestação de serviço
de apoio operacional ou laboratorial.
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 2o Qualquer que seja o
resultado da classificação de fiscalização, o órgão fiscalizador comunicará
oficialmente ao interessado.
§
2º O resultado da classificação de fiscalização fundamentará os procedimentos
administrativos cabíveis e será comunicado ao interessado pelo órgão
fiscalizador.
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
§
3º A classificação de fiscalização poderá ser realizada por meio de análise
total ou parcial dos parâmetros de identidade e qualidade dos produtos vegetais,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico.
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 47. Quando discordar do resultado da classificação de fiscalização de que trata o artigo anterior, o interessado poderá, no prazo máximo de três dias, contados da data de recebimento do laudo, requerer perícia. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 1o Para os produtos hortícolas e outros perecíveis, o prazo máximo para solicitação de perícia será de vinte e quatro horas. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 2o Na perícia, não cabe contestação da amostragem ou da metodologia oficial de classificação vegetal. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 3o O interessado, ao requerer a perícia, deverá indicar o perito, anexando cópia da carteira de classificador ou comprovante de sua habilitação. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 4o A perícia será realizada por uma comissão composta por três profissionais legalmente habilitados, sendo um representante do interessado, um representante do órgão fiscalizador ou do posto de serviço utilizado e um representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que presidirá a comissão. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 5o Os peritos deverão apresentar documentos originais expedidos pelos órgãos competentes, que comprovam sua habilitação legal; e (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 6o O interessado será notificado, por escrito, da data, hora e local em que se realizará a perícia, sendo que o não comparecimento do seu perito, na data determinada, implicará a aceitação do resultado da classificação de fiscalização. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 7o A perícia será realizada preferencialmente na amostra de contraprova em poder do órgão fiscalizador, devendo apresentar-se inviolada, o que será atestado obrigatoriamente pelos peritos. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 8o As análises periciais e seus resultados serão formalizados no laudo de classificação pericial e constarão de ata lavrada e assinada pelas partes, mencionando os procedimentos e as ocorrências verificadas. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 9o Concluída a análise pericial, a autoridade fiscalizadora comunicará ao interessado o resultado final e adotará as providências cabíveis.
§ 10. O resultado da análise pericial será considerado definitivo não cabendo contestação. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 11. A perícia só pode ser suspensa ou interrompida por decisão do presidente da comissão de peritos, mediante justificativa registrada na ata correspondente, assinada pelas partes. (Revogado pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 48. Para os produtos hortícolas e outros perecíveis, cuja especificidade não possibilite a utilização da metodologia estabelecida no artigo anterior, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disciplinará o rito que garanta a verificação de conformidade de cada produto e atenda ao princípio da ampla defesa e do contraditório.
Art. 48. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disciplinará procedimento simplificado que garanta a verificação de conformidade de cada produto de acordo com a natureza, a perecibilidade, o risco associado e o sistema de comercialização dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico. (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Seção VI
Do Quantitativo Classificado em Relação ao Comercializado
Art. 49. A verificação do cumprimento da
classificação obrigatória será realizada mediante a fiscalização quantitativa,
cujos procedimentos, se necessários, serão definidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
CAPÍTULO VIII
DAS PENALIDADES E INFRAÇÕES
Seção I
Das Penalidades
Art. 50. A infringência às
disposições deste Decreto sujeita os envolvidos no processo de classificação às
seguintes penalidades:
II - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) até R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais);
III - suspensão da comercialização do produto;
IV - apreensão ou condenação das matérias-primas e produtos;
V - interdição do estabelecimento;
VI - suspensão do credenciamento; e
VI
- suspensão do credenciamento ou do registro; e
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
VII - cassação ou cancelamento do
credenciamento.
VII
- cassação ou cancelamento do credenciamento ou do registro.
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 51. As penalidades previstas
nesta seção poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.
Art. 52. Dar-se-á a reincidência, quando o
infrator já tenha sido condenado em decisão anterior irrecorrível há menos de
cinco anos, contados da data da prolação da última decisão administrativa.
Parágrafo único. O
requisito da reincidência para aplicação de penalidade será afastado quando o
infrator obtiver vantagem ou causar danos ou prejuízos em razão da infração
praticada.
Seção II
Das Infrações
Art. 53. Deixar o
registrado no Cadastro Geral de Classificação de comunicar ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento qualquer alteração dos elementos
informativos e documentais:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
Art. 54. Deixar de registrar, na
documentação fiscal que acompanha o produto, as informações obrigatórias
exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
Pena - advertência e suspensão da comercialização do produto, subproduto ou resíduo de valor econômico; e multa e apreensão ou condenação do produto, subproduto ou resíduo de valor econômico ou das matéria-primas.
§ 1o A pena de multa será no valor R$ 1.000,00 (um mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
§ 2o A penalidade de apreensão de matéria prima dar-se-á quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido.
Art. 55. Preencher de forma irregular os
documentos relacionados à classificação vegetal:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
Art. 56. Deixar de manter em arquivo,
pelos prazos regulamentares, os documentos de classificação, seus respectivos
laudos, e demais documentos administrativos:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
Art. 57. Deixar de encaminhar ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o relatório dos serviços
executados e outros documentos exigidos pela autoridade fiscalizadora:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
Art. 58. Não providenciar a renovação do
documento de habilitação do classificador ou permitir a execução de serviço de
classificação por pessoa física que não possua habilitação legal:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e poderá ser aplicada tanto em caso de infração primária quanto para infratores reincidentes.
Art. 59. Comercializar produtos com
presença de insetos vivos, em qualquer uma das suas fases evolutivas, resultando
em desconformidade com os padrões de classificação:
Pena - advertência e suspensão da comercialização do produto vegetal, subproduto ou resíduo de origem econômica, multa, apreensão ou condenação de matéria-prima e produto.
§ 1o A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e poderá ser aplicada tanto em caso de infração primária quanto para infratores reincidentes.
§ 2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido.
Art. 60. Deixar
de atender às exigências ou desrespeitar os prazos dispostos em termo de
intimação:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
Art. 61. Deixar de realizar a
classificação obrigatória do produto vegetal, subproduto e resíduo de valor
econômico prevista neste Decreto:
Pena - advertência e suspensão da comercialização do produto vegetal, subproduto ou resíduo de origem econômica, multa, apreensão ou condenação de matéria-prima e produto.
§ 1o A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), acrescida de vinte por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e será aplicada no caso de reincidência.
§ 2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido.
Art. 62. Possuir ou manter em estoque
embalagem, envoltório ou contentor, cuja marcação esteja em desconformidade com
as normas oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
Pena - advertência e suspensão da comercialização do produto, subproduto ou resíduo de valor econômico, multa, apreensão ou condenação da matéria-prima e produto.
§ 1o A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
§ 2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido.
Art. 63. Deixar o depositário de informar,
por escrito, ao órgão fiscalizador, sobre o risco iminente de a mercadoria
fiscalizada, sob sua guarda, tornar-se imprópria para consumo humano:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e poderá ser aplicada tanto no caso de infrator primário quanto reincidente.
Art. 64. Prestar serviço de classificação
vegetal de forma incorreta, inadequada ou insegura, apresentar discrepâncias ou
executá-lo em tempo e técnicas incompatíveis com as boas práticas:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
Art. 65. Executar a amostragem ou
confeccionar a amostra em desconformidade com as disposições deste Decreto
e demais atos normativos referentes à
classificação vegetal:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
Art. 66. Deixar de manter as amostras de
arquivo ou mantê-las sem a devida conservação e identificação:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
Art. 67. Não
promover, a entidade credenciada, o controle interno de qualidade dos serviços
prestados:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e será aplicada no caso de reincidência.
Art. 68. Não promover nova classificação e
remarcação nos rótulos ou embalagens dos produtos hortícolas ou outros
perecíveis, quando esses produtos tiverem suas especificações qualitativas
alteradas em relação àquelas marcadas originalmente pelo embalador ou expedidor:
Pena - advertência e suspensão da comercialização de produto, subproduto ou resíduo de valor econômico, multa, apreensão ou condenação de matéria-prima e produto.
§ 1o A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), acrescida de vinte por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§ 2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido.
Art. 69. Deixar de atender às exigências
dispostas em termo de notificação de julgamento administrativo, quando da
aplicação da penalidade de suspensão da comercialização do produto vegetal,
subproduto e resíduo de valor econômico:
Pena - advertência, multa e apreensão de mercadoria.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
Art. 70. Ocultar a mercadoria a ser
fiscalizada:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
Art. 71. Prestar
serviços de classificação em situação inadequada quanto às instalações,
materiais e equipamentos, ou estando com documentos comprobatórios de registro
suspensos ou cassados:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
Art. 72. Executar serviço de classificação
fora do posto de serviço credenciado, em instalações inadequadas, sem
equipamentos e materiais próprios ou descalibrados, não aferidos ou em
desconformidade com a legislação aplicável:
Pena - advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) e será aplicada em caso de reincidência.
Art. 73. Destinar para consumo ou para
processamento produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico que
estejam desclassificados:
Pena - advertência e multa, apreensão ou condenação da matéria-prima ou produto.
§ 1o A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de quatrocentos por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§ 2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico desclassificado, estiver sob pena de suspensão de comercialização e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido ou ainda quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sem a possibilidade de ser reprocessado ou rebeneficiado.
Art. 74. Destinar para consumo ou
para processamento produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valores
econômicos em desconformidade com os padrões de classificação aplicáveis:
Pena - suspensão da comercialização de produto, subproduto ou resíduo de valor econômico, multa, apreensão ou condenação de matéria-prima e produto.
§ 1o A
pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de vinte
por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo
de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e será
aplicada em caso de reincidência.
§ 2o A penalidade de apreensão ou condenação de matéria-prima dar-se-á quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de comercialização e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido ou ainda quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sem a possibilidade de ser reprocessado ou rebeneficiado.
Art. 75. Deixar de atender às exigências
dispostas em termo de notificação de julgamento administrativo e não arcar com o
ônus decorrente da aplicação da pena de apreensão e condenação do produto
vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico, da embalagem, envoltório ou
contentor:
Pena - multa
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de duzentos por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e será aplicada em caso de reincidência.
Art. 75-A. Deixar de realizar o recolhimento de forma voluntária ou por determinação do órgão fiscalizador: (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Pena - suspensão da comercialização de produto, subproduto ou resíduo de valor econômico, multa, apreensão ou condenação do produto. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 1º A pena de multa será no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), acrescido de cem por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinquenta reais), e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 2º A penalidade de apreensão ou condenação se dará quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de comercialização e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido ou ainda quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sem a possibilidade de ser reprocessado ou rebeneficiado. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 76. Apresentar
divergência entre a marcação das especificações do produto, subproduto e resíduo
de valor econômico, e os resultados apurados na classificação técnica de
fiscalização:
Pena - suspensão da comercialização de produto, subproduto ou resíduo de valor econômico, multa, apreensão ou condenação de matéria-prima e produto.
§ 1o A
pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de vinte
por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo
de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e será
aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§ 2o A penalidade de apreensão ou condenação de matéria-prima dar-se-á quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de comercialização e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido.
Art. 77. Acondicionar, embalar, armazenar,
transportar ou expor à venda produtos, subprodutos e resíduos de valor econômico
em condições que não asseguram a conformidade das suas correspondentes
classificações:
Pena - Multa
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de cem por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
Art. 78. Embalar ou processar produtos sem
dispor dos documentos comprobatórios de registro no Cadastro Geral de
Classificação, ou mantê-los desatualizados:
Pena - Multa
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
Art. 79. Embalar ou processar
produtos em estabelecimento que esteja funcionando em desacordo com as
disposições deste Decreto e demais atos
normativos referentes à classificação vegetal:
Pena - Multa, apreensão ou condenação de matéria-prima ou produto.
§ 1o A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§ 2o A penalidade de apreensão ou condenação de matéria-prima dar-se-á quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico forem embalados, processados ou comercializados por estabelecimento interditado.
Art. 79-A. Deixar de assegurar a rastreabilidade do produto vegetal, subproduto ou resíduos de valor econômico: (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Pena - advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, apreensão ou condenação das matérias-primas e produtos, suspensão, cassação ou cancelamento do registro. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 1º A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), acrescido de vinte por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinquenta reais), e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 2º A penalidade de apreensão ou condenação se dará quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de comercialização e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo estabelecido ou ainda quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sem a possibilidade de ser reprocessado ou rebeneficiado. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 3º A penalidade de suspensão, cassação ou cancelamento do registro se dará quando o estabelecimento reincidir na infração três ou mais vezes. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 79-B. Fazer funcionar o estabelecimento sem a infraestrutura básica exigida ou em condições higiênico-sanitárias inadequadas: (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Pena - advertência, multa e suspensão, cassação ou cancelamento do registro. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 1º A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 2º A penalidade de suspensão, cassação ou cancelamento do registro se dará quando o estabelecimento reincidir na infração três ou mais vezes. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 80. Desrespeitar ou descumprir as obrigações,
quando nomeado depositário do produto pelo órgão fiscalizador:
Pena - Multa
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de cem por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
Art. 81. Prestar serviço de classificação
sem dispor dos documentos comprobatórios de registro no Cadastro Geral de
Classificação, credenciamento e habilitação, ou mantê-los desatualizados:
Pena - Multa
Parágrafo único. R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
Art. 82. Deixar a entidade credenciada de
informar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a constatação ou
ocorrência de produto desclassificado:
Pena - Advertência e Multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e será aplicada em caso de reincidência.
Art. 83. Não devolver a autorização de
funcionamento do posto de serviço ou a carteira original de classificador quando
da aplicação da pena de cancelamento do credenciamento da entidade ou de
cassação da habilitação do classificador, respectivamente:
Pena - Multa
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
Art. 84. Movimentar, remover, modificar, desviar, subtrair, substituir,
extraviar ou comercializar, no todo ou em parte, produto que estava com a sua
comercialização suspensa ou apreendida:
Pena - Multa
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de cem por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
Art. 85. Causar embaraço, promover
resistência à ação fiscalizadora ou prestar informações incorretas visando
encobrir a infração:
Pena - Multa
Parágrafo único. A pena de multa obedecerá a seguinte gradação
I - R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o infrator primário;
II - R$ 10.000,00 (dez mil reais) na primeira reincidência; e;
III - R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) a partir da reincidência.
Art. 86. A pena de interdição do estabelecimento dar-se-á de forma total ou parcial e, ainda, por atividade ou produto, quando a pessoa jurídica:
Art. 86. A pena de interdição do estabelecimento se dará de forma total ou parcial e, ainda, por atividade ou produto, quando: (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
I - prestar serviços de classificação de produto vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico, sem dispor dos documentos comprobatórios de credenciamento no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
II - embalar ou processar produto vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico, sem dispor dos documentos comprobatórios de registro junto ao Cadastro Geral de Classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou vencidos; e
III - reincidir em três ou mais vezes em infrações que:
a) causem embaraço ou promovam resistência à ação fiscalizadora;
b) omitam ou prestem informações falsas; e
c) utilizem meio ardiloso ou de simulação para ocultar mercadoria.
Parágrafo único. A autoridade julgadora estabelecerá as exigências e fixará prazos para seu cumprimento.
Art. 87. A pena de suspensão do
credenciamento da pessoa jurídica ou da habilitação da pessoa física para
executar a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico dar-se-á, quando:
I - for constatada a execução do serviço de classificação fora do posto de serviço credenciado, ou em instalações inadequadas, ou sem equipamentos e materiais próprios ou com equipamentos e materiais não calibrados, não aferidos ou inadequados;
II - deixar de renovar o documento de habilitação do classificador ou permitir a execução de serviço de classificação por pessoa que não possua habilitação legal; e
III - não atender às exigências especificadas no termo de intimação ou no termo de notificação.
§ 1o A pena de suspensão do credenciamento poderá ser por produto.
§ 2o A autoridade julgadora estabelecerá as exigências e fixará prazos para seu cumprimento.
Art. 87-A. A pena de suspensão do registro se dará quando as exigências que motivaram a suspensão cautelar do registro não forem atendidas no prazo estabelecido pela autoridade fiscalizadora. (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Art. 88. A pena de cassação ou
cancelamento do credenciamento dar-se-á quando da reincidência, por três ou mais
vezes, das seguintes infrações:
I - embaraço ou resistência à ação fiscalizadora;
II - omissão ou prestação de informações falsas;
III - utilização de meio ardiloso ou de simulação para ocultar mercadoria; e
IV - descumprimento de determinações do órgão fiscalizador.
§ 1o A cassação da habilitação da pessoa física ou o cancelamento do credenciamento da pessoa jurídica serão publicados no Diário Oficial da União, e os obriga a devolver ao órgão fiscalizador a carteira de classificador e o certificado de credenciamento, respectivamente.
Art. 89. Responde, isolada ou solidariamente, pelas
infrações previstas no art. 53 a 85, deste Decreto:
I - o detentor da mercadoria fiscalizada, quando:
a) se tratar de comercialização de produtos com presença de insetos vivos;
b) for desconhecida a procedência da mercadoria fiscalizada.
b) for desconhecida a procedência da mercadoria fiscalizada;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
c) se tratar de desconformidade de classificação em produtos hortícolas e outros perecíveis;
c) se tratar de desconformidade de classificação em produtos hortícolas e outros
perecíveis;
ou
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
d)
deixar de assegurar ou não dispuser de registros de rastreabilidade;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
II - o
depositário da mercadoria fiscalizada, quando este movimentar, remover,
modificar, desviar, subtrair, substituir, extraviar ou comercializar, no todo ou
em parte, produto com a comercialização suspensa ou apreendido, e sob sua
guarda;
III - o embalador, o processador, a pessoa física ou jurídica, com nome empresarial indicado na rotulagem como responsável;
IV - o destinatário final da mercadoria, quando se tratar de produtos hortícolas e outros perecíveis, salvo quando o transporte seja contratado pelo embalador, processador ou pessoa física ou jurídica com nome empresarial indicada na rotulagem, situação em que este ficará responsável até vinte e quatro horas após a entrega dos produtos;
V - a entidade credenciada e seu responsável técnico, quando:
a) deixar de comunicar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a constatação de produto desclassificado;
b) prestar serviços de classificação sem dispor dos documentos comprobatórios de registro e credenciamento, ou estando com os mesmos vencidos;
c) prestar serviços de classificação estando com documentos comprobatórios de registro suspensos;
d) executar os serviços de classificação vegetal fora do posto de serviço credenciado, ou em instalações inadequadas, ou sem equipamentos e materiais próprios ou com equipamentos e materiais não calibrados, não aferidos ou inadequados;
e) deixar de manter as amostras de arquivo ou não mantê-las devidamente conservadas e identificadas;
f) não promover o controle interno de qualidade dos serviços prestados;
g) não encaminhar regularmente o relatório dos serviços executados e outros documentos exigidos;
h) permitir a execução de serviço de classificação, por pessoa física que não possua habilitação legal; e
i) deixar de atender às exigências dispostas na notificação de julgamento administrativo, quando da aplicação da penalidade de cancelamento do credenciamento, recusando-se a devolver ao órgão fiscalizador a autorização de funcionamento do posto de serviço;
VI - o classificador ou a pessoa
física habilitada, quando:
a) executar os serviços de classificação vegetal em tempo e técnicas incompatíveis com as boas práticas;
b) for o responsável pelas irregularidades no preenchimento dos documentos de classificação vegetal;
c) executar a amostragem ou confeccionar a amostra de forma inadequada ou incorreta;
d) não devolver ao órgão fiscalizador a carteira de classificador emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quando lhe for aplicada pena de cassação da habilitação;
VI - o intimado que deixar de atender às exigências ou desrespeitar os prazos dispostos na intimação;
VI
- o classificador ou a pessoa física habilitada, quando:
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
a) executar os serviços de classificação vegetal em tempo e técnicas incompatíveis com as boas práticas; (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
b) for o responsável pelas irregularidades no preenchimento dos documentos de classificação vegetal; (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
c) executar a amostragem ou confeccionar a amostra de forma inadequada ou incorreta; ou (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
d)
não devolver ao órgão fiscalizador a carteira de classificador emitida pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quando lhe for aplicada
pena de cassação da habilitação;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
VII - a pessoa física ou jurídica,
registrada no Cadastro Geral de Classificação, que deixar de comunicar ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento qualquer alteração dos
elementos informativos e documentais
VII
- o intimado que deixar de atender às exigências ou desrespeitar os prazos
dispostos na intimação;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
VIII - quem der causa a infração ou dela
obtiver vantagem.
VIII - a pessoa física ou jurídica, registrada no Cadastro Geral de
Classificação, que deixar de comunicar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento qualquer alteração dos elementos informativos e documentais;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
IX
- quem der causa a infração ou dela obtiver vantagem; e
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
X - o ente da cadeia produtiva ou comercial de produtos vegetais, subprodutos ou resíduos de valor econômico, quando: (Incluído pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
a) deixar de assegurar rastreabilidade; (Incluída pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
b) não dispuser de registros de rastreabilidade; (Incluída pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
c) destinar para processamento ou consumo, armazenar, comercializar ou expor a venda produto vegetal desconforme ou desclassificado; (Incluída pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
d) deixar de realizar o registro obrigatório no Cadastro Geral de Classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; ou (Incluída pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
e) não providenciar o recolhimento do produto vegetal. (Incluída pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
CAPÍTULO IX
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 90. A infringência às normas deste Decreto e
demais atos normativos referentes à classificação vegetal será apurada em
processo administrativo próprio, observados o rito e os prazos estabelecidos.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Art. 91. Se durante a tramitação do
processo houver risco iminente de a mercadoria sob guarda tornar-se imprópria
para consumo, o depositário deve informar, imediatamente, sobre o referido risco
ao órgão fiscalizador.
§ 1o Na ocorrência do disposto no caput deste artigo, quando o produto estiver em condições de uso ou consumo, o infrator poderá renunciar à sua propriedade e permitir a doação do mesmo à instituição pública ou privada beneficente, dentre aquelas indicadas pela administração pública.
§ 2o Se o infrator não se dispuser a renunciar à propriedade do produto, e este se tornar impróprio para consumo, a autoridade julgadora determinará a sua condenação e destinação.
Seção II
Dos Atos Administrativos
Art. 92. Constatada qualquer
irregularidade prevista neste Decreto e demais
atos normativos referentes à classificação vegetal,
a autoridade fiscalizadora lavrará o respectivo auto de infração.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Parágrafo único. As omissões ou
incorreções na lavratura do auto de infração e nos demais documentos de
fiscalização, que não se constituam em vícios insanáveis, não acarretarão sua
nulidade quando do processo constarem os elementos necessários à correta
determinação da infração e do infrator, ou quando puderem ser sanadas por meio
de termo aditivo.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Art. 93. A defesa deverá ser apresentada,
por escrito, no prazo de dez dias, contados da data do recebimento do auto de
infração, ao órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da
jurisdição onde foi constatada a infração, devendo ser juntada aos respectivos
autos do processo administrativo.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Art. 94. Decorrido o prazo previsto no
artigo anterior sem apresentação de defesa, o processo deverá ser instruído com
relatório e encaminhado à autoridade competente para julgamento de primeira
instância.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 1o A autoridade de
primeira instância procederá ao julgamento, notificando o infrator do resultado
do mesmo.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 2o Havendo recusa em
receber a notificação prevista no parágrafo anterior, o fato será certificado
nos autos e a notificação enviada, via postal, com aviso de recebimento.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 3o Na impossibilidade
de notificar o infrator pessoalmente ou por via postal, a notificação se dará
por edital, a ser afixado nas dependências do órgão fiscalizador, em
local público, pelo prazo de três dias úteis, ou divulgado pelo menos uma vez na
imprensa oficial ou em jornal de grande circulação.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Art. 95. Das decisões previstas no art. 94
cabe recurso administrativo, que será conhecido quando interposto:
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
I - tempestivamente;
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
II - perante a autoridade competente; e
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
III - por quem seja de direito legitimado.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 1o O prazo para
interposição de recurso administrativo é de dez dias, contados da ciência da
decisão recorrida.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 2o O recurso será
dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, não a reconsiderando no
prazo de cinco dias, contados da data em que os autos lhe forem conclusos, o
encaminhará à autoridade de segunda instância para proceder ao julgamento.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 3o A autoridade de
segunda instância procederá ao julgamento do recurso, notificando o infrator do
resultado do mesmo.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 4o Havendo recusa em
receber a notificação prevista no parágrafo anterior, o fato será certificado
nos autos e a notificação enviada, via postal, com aviso de recebimento.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 5o Na impossibilidade
de notificar o infrator pessoalmente ou por via postal, a notificação se dará
por edital, a ser afixado nas dependências do órgão fiscalizador, em local
público, pelo prazo de três dias úteis, ou divulgado pelo menos uma vez na
imprensa oficial ou em jornal de grande circulação.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Seção III
Do Meio de Comunicação
Art. 96. É permitida ao fiscalizado e ao
órgão fiscalizador a utilização de sistema de transmissão de dados e imagens
tipo fac-símile ou similar, para a prática de manifestações processuais.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Parágrafo único. Quem fizer uso de sistema
de transmissão conforme previsto no caput deste artigo torna-se-á
responsável pela qualidade do material transmitido.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Seção IV
Da Competência para Julgamento
Art. 97. A autoridade julgadora de
primeira instância será o Chefe do Serviço da Superintendência Federal de
Agricultura, na unidade da federação que originou a infração.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Art. 98. A autoridade julgadora de segunda
instância será o Chefe da Divisão Técnica, da Superintendência Federal de
Agricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na unidade
da federação que originou a infração.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Seção V
Dos Procedimentos
Art. 99. A pena de multa deverá ser
recolhida no prazo de trinta dias, a contar do recebimento da notificação.
§ 1o A multa recolhida no prazo de dez dias, sem interposição de recurso, terá a redução de trinta por cento do seu valor.
§ 2o Fica vedado o
parcelamento de multa.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 3o A multa que não for
paga no prazo previsto no termo de notificação será encaminhada à Procuradoria
da Fazenda Nacional, para as devidas providências.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 4o Quando da
existência de taxas de serviços bancários decorrentes do recolhimento da multa,
as mesmas serão de responsabilidade do infrator.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Art. 100. O produto suspenso na forma do
contido no inciso III do art. 50 deste Decreto ficará sob a guarda de um
depositário oficialmente nomeado.
§ 1o A liberação de produto suspenso só se dará depois de cumpridas todas as exigências constantes no termo de notificação.
§ 2o Se as exigências não forem cumpridas no prazo estabelecido, proceder-se-á à apreensão do produto, na forma do inciso IV do art 50 deste Decreto.
Art. 101. Na aplicação da pena de
apreensão ou condenação de matéria-prima ou produto prevista no inciso IV do
art. 50 deste Decreto, quando for o caso, será obedecido o seguinte:
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
I - doação a instituições públicas
ou privadas beneficentes, desde que as matérias-primas ou os produtos estejam em
condições de uso ou consumo;
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
II - venda, na forma legal, desde
que estejam aptos para o uso ou consumo; e
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
III - condenação para destruição ou
desnaturação, sob acompanhamento da autoridade fiscalizadora, quando impróprios
para consumo.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Parágrafo único. Verificado o pagamento da
multa dentro do prazo de dez dias contados da data de cientificação oficial, a
autoridade julgadora poderá conceder, a pedido formal do notificado, desde que
formulado no prazo máximo de cinco dias, a devolução de matéria-prima e produto,
que estejam em condições de uso ou consumo, quando o notificado possuir
condições estruturais e assumir o compromisso formal, para executar, às suas
expensas, as operações de descaracterização das embalagens, transporte,
rebeneficiamento, reprocessamento ou nova classificação.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Seção VI
Das Medidas Cautelares
Art. 102. A comercialização de
produto poderá ser suspensa como medida acautelatória, quando:
I - existirem indícios de que o produto não corresponda às especificações relativas à classificação contidas na embalagem, no rótulo ou na marcação;
II - o produto se apresentar mal conservado, com indícios de contaminação, com embalagem danificada, estocado ou exposto de forma inadequada ou de forma que possa comprometer sua classificação;
III - ocorrer a constatação de insetos vivos na mercadoria fiscalizada;
IV - for constatado embalagem, envoltório ou contentor com marcação em desacordo com as normas oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou contendo qualquer outro vício que caracterize fraude, dolo ou má-fé; e
V - houver indício ou suspeita de irregularidade, com potencial de risco à saúde ou prejuízo ao consumidor.
§ 1o A suspensão da comercialização do produto, prevista nos incisos I e II deste artigo, enseja a realização de classificação de fiscalização, mediante a coleta de amostras e análise de verificação.
§ 2o Na suspensão da comercialização do produto, prevista no inciso III deste artigo, o órgão fiscalizador deverá determinar ao detentor ou ao proprietário do produto o imediato controle dos insetos vivos.
§ 3o Na suspensão da comercialização, o produto ficará sob a guarda de um depositário oficialmente nomeado pela autoridade fiscalizadora.
§ 4o A medida cautelar prevista no caput deste artigo poderá ser aplicada de maneira antecedente ou incidente de procedimento administrativo.
§ 5o A aplicação da medida cautelar será formalizada pelo correspondente termo, no qual devem estabelecer as exigências e o prazo para o seu cumprimento.
§ 6o A medida cautelar será mantida enquanto se fizer necessária, podendo ser revogada pela autoridade competente para sua aplicação, que deverá justificar sua decisão.
§ 7o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá definir os procedimentos acautelatórios aplicáveis aos produtos hortícolas ou outros perecíveis.
Art. 103. A suspensão do credenciamento do posto de serviço ou do produto, bem como da habilitação do classificador, poderá ser aplicada como medida cautelar, quando:
Art. 103. A suspensão de credenciamento ou de registro poderá ser aplicada como medida cautelar quando: (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
I - da realização da classificação fora do posto de serviço credenciado, ou em instalações inadequadas, ou sem equipamentos e materiais apropriados;
II - da realização da classificação com equipamentos e materiais não calibrados, regulados ou aferidos;
III - for constatada a execução de serviço de classificação, por pessoa física que não possua habilitação legal para o produto, ou que esteja com a credencial vencida;
IV - dificultar, causar embaraço ou promover resistência à ação fiscalizadora;
V - prestar informação falsa ou omitir dados visando encobrir a infração; e
V -
prestar informação falsa ou omitir dados com o objetivo de encobrir a infração;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
VI - a autoridade fiscalizadora entender que a medida se faz necessária, para impedir a continuidade da infração ou para evitar a ocorrência de uma prestação de serviços inadequada, incorreta ou insegura.
VI
- a autoridade fiscalizadora entender que a medida é necessária para impedir a
continuidade da atividade, da irregularidade ou da infração;
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
VII
- forem constatados dados cadastrais desatualizados ou incompletos;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
VIII - a atividade, a habilitação ou o nível de registro for incompatível com o
disposto nas normas específicas;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
IX
- os elementos informativos e documentais disponíveis não possibilitarem a
rastreabilidade das matérias primas e dos produtos;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
X -
não forem cumpridas as exigências estipuladas pelo órgão fiscalizador;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XI
- for constatado que o estabelecimento não dispõe de condições tecnológicas ou
higiênico-sanitárias adequadas;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XII
- os resultados analíticos e de monitoramento não atenderem aos parâmetros dos
programas de controle de qualidade e de segurança dos produtos vegetais
estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XIII - o resultado da fiscalização, da inspeção ou da auditoria do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento não atender aos requisitos estabelecidos
pelos programas de controle de qualidade, de conformidade e de segurança dos
produtos vegetais e pelos acordos internacionais de que o Brasil seja
signatário;
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XIV
- for constatado o não cumprimento das obrigações estabelecidas em regulamento
específico; e
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
XV
- for constatada irregularidade que coloque em risco o funcionamento, a execução
ou a prestação de serviço, objeto do credenciamento ou registro.
(Incluído pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
§ 1o A medida cautelar referida no caput deste artigo poderá ser aplicada de maneira antecedente ou incidente de procedimento administrativo.
§ 2o A aplicação da medida cautelar será formalizada pelo correspondente termo, no qual devem ser estabelecidas as exigências e o prazo para o seu cumprimento.
§ 3o A medida cautelar será mantida enquanto se fizer necessária, podendo ser revogada pela autoridade competente para sua aplicação, justificada a sua decisão.
CAPÍTULO X
DOS PRAZOS
Art. 104. Contam-se os prazos a partir da
data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e
incluindo-se o do vencimento.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 1o Os prazos somente
começam a correr a partir do primeiro dia útil após a cientificação oficial.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 2o Considera-se
prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia
em que não houver expediente, ou este for iniciado depois da hora normal ou
encerrado antes da hora normal.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
§ 3o Os prazos expressos
em dias contam-se de modo contínuo, não se interrompendo nos feriados.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Art. 105. Salvo motivo de força maior,
devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Art. 106. O requerimento de perícia, de arbitragem, os documentos solicitados pela autoridade fiscalizadora e demais manifestações processuais, encaminhados via postal, serão considerados como entregues na data de postagem, marcada pelo correio.
Art. 106. O requerimento de arbitragem, os documentos solicitados pela autoridade fiscalizadora e demais manifestações processuais, encaminhados via postal, serão considerados como entregues na data de postagem, marcada pelo correio. (Redação dada pelo Decreto nº 11.130, de 2022)
Parágrafo único. Caso o dia do vencimento seja feriado no município do destinatário da cientificação oficial, o interessado deverá encaminhar a prova deste fato juntamente com sua manifestação.
Art. 107. Quando o fiscalizado utilizar
sistema de transmissão de dados e imagens, previstos no art. 96 deste Decreto,
os documentos originais deverão ser entregues ao órgão fiscalizador ou postados
no correio, obrigatoriamente, até cinco dias da data do término do prazo
processual a ser cumprido, sob pena de não serem considerados.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Parágrafo único. A falta de autenticidade
entre a cópia do documento transmitido e o seu original entregue ao órgão
fiscalizador os torna sem efeito para o atendimento do prazo processual.
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
Art. 108. Considera-se, para efeito de
suspensão de prazo, o requerimento apresentado a qualquer tempo pelo
depositário, comprovando risco iminente de a mercadoria fiscalizada se tornar
imprópria para o consumo.
Art. 108. Vencido o prazo para
apresentação do recurso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
dará conhecimento público dos processos de fiscalização.
(Redação dada pelo
Decreto nº 11.130, de 2022)
(Revogado pelo
Decreto nº 12.502, de 2025)
CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 109. O Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá os emolumentos para ressarcir
a realização da classificação obrigatória de produtos vegetais, seus subprodutos
e resíduos de valor econômico quando da importação, do registro e do
credenciamento inicial e suas atualizações e demais serviços, previstos neste
Decreto.
Art. 110. Os valores dos emolumentos para realização
dos serviços de classificação obrigatória dos produtos destinados diretamente à
alimentação humana e na compra e venda do Poder Público serão livremente
pactuados entre as partes contratantes.
Art. 111. Os produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico, padronizados pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, expostos ao consumo com
prazo de validade vencido serão apreendidos ou terão sua comercialização
suspensa, comunicando-se aos outros órgãos responsáveis para a instauração do
competente processo de apuração de infração e imposição de penalidade.
Art. 112. Os produtos hortícolas e outros
produtos perecíveis com características peculiares, quando não alcançados pelo
disposto neste Decreto, serão normatizados de forma específica pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 113. O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento definirá os modelos dos documentos previstos no art. 32
deste Decreto.
Art. 114. O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e a Agência de Vigilância Sanitária, no âmbito de suas
competências, deverão firmar acordo de cooperação técnica, com vistas a otimizar
as ações de fiscalização e harmonizar as informações para o consumidor final
referentes à classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico.
Art. 115. O Ministro de Estado da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento expedirá as instruções necessárias para
execução deste Decreto.
Art. 116. Este Decreto entra em vigor na
data de sua publicação.
Art. 117. Fica revogado o
Decreto no
3.664, de 17 de novembro de 2000.
Brasília, 22 de novembro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.
LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVA
Reinhold Stephanes
Este texto não substitui o publicado
no DOU de 23.11.2007 e
retificado em 12.12.2007
*